Comum à cordialidade brasileira, o “bom dia” já faz parte do cotidiano. Nada mais justo do que, ao encontrar alguém pela primeira vez no dia, dizer-lhe tal cumprimento.
Há aqueles que respondem “e o que é que tem de bom?”, coisa que eu nunca entendi. Pois quando alguém lhe diz “bom dia” esta pessoa deseja que seu dia, ou pelo menos o resto dele, seja bom. Mesmo que seja apenas em teoria, esta resposta não é válida.
Aliás, o problema que eu vejo nesta expressão é justamente esse: é apenas teoria. Talvez um ou outro seja sincero, mas a maioria nem deve perceber o que está dizendo. O que me deixa meio mal, pois, se depender deles, meus dias nunca serão tão bons assim.
Por isso, quando digo um “bom dia” alguém, tento ser sincero. Eu realmente quero que tal pessoa tenha um dia bom. Por mais que eu não goste, ou não me importe com ela, não me fará diferença se esta tiver um dia agradável.
Assim, nessa minha sinceridade com o cumprimento, fico na esperança de que quem me responda também esteja sendo sincero. Do tanto de gente que cumprimento todos os dias, por mais que eu só tenha mais contato com alguns, muitos dizem “bom dia” e se apenas alguns deles estiverem sendo sinceros, alguém desses terá seu desejo realizado e eu terei um bom dia. E ele, recebendo meu desejo sincero também, tem uma maior chance ter um dia bom de verdade.
E, para todos os que tenham lido, bom dia (e não faz diferença se você estiver lendo à noite).
Estou lendo à noite mesmo. Hehehe!
Confesso que, às vezes, esqueço de cumprimentar as pessoas. Como quando estou trabalhando há horas, encontro uma pessoa e não me dou conta de que ainda não a havia visto naquele dia. Só quando ela me cumprimenta que eu lembro.