Eu sei que, em algum momento, dei algum passo errado. Não sei exatamente qual foi, mas de repente me vi caindo num poço. Tudo agora é diferente. Vejo o mundo com outros olhos, com outra iluminação.
Eu não sei por que isso teve que acontecer. E agora não sei mais o caminho de volta. Estou na terra, tenho que voltar para a estrada. Este caminho eu também não sei. Sigo meu senso de direção que diz onde deve estar a estrada. Mas não sei quanto tempo pode levar pra chegar (se é que vou chegar).
Tudo muda, eu sei. Eu sei muito bem, aliás. Porque comigo tudo muda muito rápido, antes mesmo de eu perceber, já mudou. E me perco. Tudo que sai da rotina me deixa atrapalhado. Já é rotina tudo mudar muito rápido, mas com essa rotina eu não consigo me acostumar (por que será?).
Contudo agora será tudo diferente. Eu sei que já disse isso pra mim mesmo muitas outras vezes. Mas agora vai ser. Não de uma vez, porque não dá. Ninguém muda de uma vez. Mas vou me dedicar às coisas que gosto. Vou me dedicar a coisas novas. Vou me dedicar.
Sempre tem algumas pedras no caminho. Alguns sapos pra engolir. Alguns fardos para carregar. E eu vou ter que esperar tudo isso acabar. Já perdi a paciência com algumas coisas. Este é o meu medo. Medo de não sobrar paciência pra mudar. Medo de chegar aquela vontade maluca de mandar tudo pro espaço, já senti esta vontade algumas vezes. O meu medo é que agora eu mande mesmo. Eu não tenho medo de cair, tenho medo de não conseguir resistir à vontade de pular.
Escrever é uma das coisas às quais quero me dedicar. Escrever qualquer coisa, seja lá o que for, porque isso me faz sentir melhor. O blog me deixa com aquela preocupação de que alguém irá ler e começa a gerar bloqueios. Ideias me surgem o tempo todo, mas ainda acho difícil tirar textos delas. A isto, também, quero me dedicar. Nunca deixar uma ideia passar.
Por isso escrevo agora. Me veio uma ideia e comecei a escrever. Ficou bem diferente do que tinha imaginado, mas isto não é relevante. O que importa é que escrevi o que tinha para escrever, mesmo que não tenha sido algo dentro do esperado. Acho que já comentei em algum post anterior que agora escreverei aqui para mim somente. Este é um blog pessoal, apesar de tudo. Então não ligo muito se os outros não gostarem do texto, mas aprecio muito quem gastou seu precioso tempo com algo que eu escrevi. E isto, apesar de tudo, me dá prazer por escrever.
E me veio um título agora. Algumas vezes começo com o título, outras só consigo pensar em um algum tempo depois de terminar o post. Não sabia o que ia virar, mas agora que sei me surgiu o título na mente. Faz sentido.
E tenho alguns projetos em mente que com certeza aparecerão por aqui quando (se) ficarem prontos. E é isso.
Hmm, achei um pouco prolixo, mas muito verdadeiro.
“Este é o meu medo. Medo de não sobrar paciência pra mudar.”
Oh, boy. Também tenho medo.