As costelas são os ossos que protegem a caixa torácica. Ligados ao esterno, elas envolvem o coração e os pulmões, absorvendo todo e qualquer eventual impacto e impedindo que se danifique os órgãos vitais. Entretanto, caso o impacto seja intenso demais, as costelas podem se quebrar e logo se transformam em grandes agulhas, prontas a perfurar os mesmos coração e pulmões que jurara proteger.
Uso essa analogia para exemplificar, de certa forma, o governo do país. Enquanto que por um lado este luta pelo benefício do povo, acaba o prejudicando. E faz isso de várias formas diferentes, umas mais escancaradas e outras mais sutis.
Aquela velha idéia de “dar o peixe ao invés de ensinar a pescar” representa bem o que eu quero dizer. O tal do bolsa família ajuda realmente muitas pessoas, porém existe um prejuízo nisso, visto que estes vão depender sempre do benefício e não vão ter outras opções de se sustentar. E a ajuda financeira faz com que o cidadão se acomode na situação e evite outras formas de geração de renda que poderiam substituir o auxílio, porém seriam muito mais trabalhosas.
Uma questão mais notável (e perigosa) é o a tentativa de reabilitação de criminosos e/ou viciados em narcóticos. Isso é algo aceitável e até necessário, todavia não se pode fazer isso em detrimento da prevenção, que é o que acontece. Por mais que você “conserte” os que estão à margem da lei e da sociedade, não existe benefício real se outros começarem a ser marginalizados. A educação é mais importante, incluindo atividades culturais, a fórmula mais batida para evitar que as crianças (inocentes ou nem tanto) se tornem bandidos no futuro.
Em suma, não adianta a proteção governo tenta (ou finge que tenta) estabelecer à população não é efetiva se não “cortar o mal pela raiz”. A solução é a prevenção. Evitar impactos (sejam fracos ou intensos) é a melhor maneira de impedir danos aos nossos órgãos vitais.